Gaya, uma cadela da raça golden retrivier, morreu no dia 28 de junho, durante uma viagem de São Luís, no Maranhão, para a cidade de São Paulo. Ela era levada em uma van que fazia o transporte via terrestre. No entanto, ao chegar no local de destino, a família recebeu o animal morto em uma caixa de isopor. A Polícia Civil do Maranhão investiga o caso.

A tutora de Gaya, Jakeline Jovita, relatou que optou por transportar a cadela na van com medo de que o animal não resistisse à viagem de avião. Isso porque, uma história semelhante aconteceu com o cachorro Joca no dia 22 de abril deste ano, em que o bicho morreu em uma aeronave durante o percurso da cidade de Fortaleza, no Ceará, para Guarulhos, em São Paulo.

Foto: Arquivo Pessoal
Cadela Gladys

Conforme Jakeline Jovita, a família estava se mudando para São Paulo e não deixariam a cadelinha para trás. Entretanto, pelo fato da van levar outros animais, a viagem terrestre também incluiria passagem por 11 estados brasileiros, além do Distrito Federal. Ela também relatou que a empresa responsável, Moovipet, demorou para enviar o link de rastreio, ou seja, a família permaneceu um tempo sem notícias da cadela.

Entretanto, assim que enviaram, a tutora percebeu uma movimentação estranha, pois o veículo da empresa chegou no estado do Pará no dia 27 de junho, e permaneceu muito tempo parado. No dia seguinte, eles retornaram o contato com Jakeline, em que relataram um problema mecânico com a van, mas que todos os animais estavam bem.

“Sexta-feira (28) de manhã, um funcionário me enviou a notícia de que o veículo tinha quebrado e que ia atrasar a entrega. Eu me preocupei muito no momento porque o veículo estava cheio de animais e o Pará é um lugar muito quente”, afirmou a tutora de Gaya.

Fotos de Gladys

Ao pedir fotos da cadela, Jakeline conta que recebeu imagens de Gaya visivelmente sedada. “Insisti muito para que enviassem fotos ou vídeo. Ele me enviou uma foto onde, nitidamente, ela estava sedada ou com algum problema muito grave. Ela estava com a cabeça baixa e com os olhos fechados. Foi o único retorno que eu obtive”, relatou.

Nesse mesmo dia, a família foi comunicada que a cadela tinha morrido, ocasião em que um funcionário sugeriu que o corpo do animal fosse incinerado. Por isso, a tutora resolveu contatar uma advogada, para que o corpo de Gaya retornasse para São Luís, que foi entregue por dois motoristas de aplicativo em uma caixa de isopor. A causa da morte do animal não foi informada pela empresa.

Moovit

Responsável pelo transporte da cadela, a Moovit afirmou que o atestado de óbito não foi entregue porque as veterinárias da região se recusaram a emitir o parecer, visto que a cadela não tinha mais sinais vitais. A empresa frisou que enquanto a van teve a falha mecânica, os animais que estavam no veículo receber água, alimentos e tiveram a temperatura controlada.