O juiz Rogério Monteles da Costa, da Comarca de Timon do Tribunal de Justiça do Maranhão, determinou que a advogada Liliana Silva Rodrigues de Souza , presa no dia 08 de julho ao tentar entrar com drogas no Presídio Jorge Vieira, seja excluída das ações criminais em que estava habilitada para atuar. A determinação foi dada no dia 13 de julho.
A advogada teve o exercício profissional da OAB suspenso, no que diz respeito à atuação na esfera criminal, em uma das medidas cautelares impostas pela Justiça no dia 10 de julho, quando foi colocada em liberdade.
“Determino que a Secretaria Judicial realize buscas em todos os processos em que a flagranteada esteja habilitada com causídica, devendo, mediante certidão, realizar sua desabilitação e, ato contínuo, intimar o(s) constituinte(s) para indicar novo patrono, no prazo de 10 (dez) dias, e adverti-los de que, não o fazendo, passarão a ser assistidos pela Defensoria Pública do Maranhão”, diz um trecho da decisão.
Entenda o caso
No documento obtido pela Coluna do Brunno Suênio , o policial penal que estava no plantão narrou que por volta de 15h58 dessa terça, ele estava de serviço no presídio Jorge Vieira, no setor P2, responsável pelo controle de acesso a entrada de qualquer pessoa na unidade prisional, quando a advogada Liliana Silva Rodrigues de Souza, chegou a unidade para visitar dois internos identificados como Airton Bispo Silva e Irlander do Nascimento Viana.
Como a sala da OAB estava ocupada por outro advogado, o policial penal iniciou os procedimentos de revista para a advogada Liliana entrar às 16h53. Ao passar pela máquina de scaner chamada Bodyscan, verificou-se que havia objetos estranhos no interior do calçado da advogada, semelhante a pequenas bolas. Nesse momento, o policial solicitou que a advogada retirasse as sandálias para uma revista, instante em que foram encontradas no interior do calçado 7 (sete) trouxas de maconha, sendo 04 (quatro) em um lado e 03 (três) na outra sandália.
Advogada assumiu que já havia entrado com droga na unidade outra vez
Ao indagar a advogada se era a primeira vez que ela estava entrando com droga no presídio, Liliana Silva respondeu que esta era a segunda vez.