O presidente do Paraguai, Santiago Peña, anunciou nesta quarta-feira (5) a retirada da candidatura de seu ministro das Relações Exteriores, Rubén Ramírez Lezcano, ao cargo de secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA). Segundo Peña, a decisão foi tomada após países da região modificarem o acordo inicial com seu governo e optarem por não apoiar o representante paraguaio.
Ramírez havia recebido respaldo de governos de direita, incluindo os Estados Unidos, sob Donald Trump, o Panamá, liderado por José Raúl Mulino, e a Argentina, governada por Javier Milei. No entanto, a candidatura perdeu força após Costa Rica, Equador e República Dominicana se unirem a Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia e Uruguai no apoio ao chanceler do Suriname, Albert Ramdin.
“Tomei a decisão de retirar a candidatura do ministro das Relações Exteriores, Rubén Ramírez Lezcano, um diplomata com uma longa carreira e um merecido prestígio, não apenas regional, mas mundial, para a Secretaria-Geral da OEA”, declarou Peña em comunicado oficial.
O presidente paraguaio destacou que a candidatura tinha como objetivo fortalecer a relevância institucional da OEA, promovendo uma gestão moderna e eficiente baseada na solidariedade e cooperação entre os países do continente.
“Essa candidatura tinha um objetivo inegociável: a recuperação da relevância institucional da OEA, dando-lhe um novo protagonismo baseado em uma gestão moderna e eficiente, que levasse em conta os laços de solidariedade e fraternidade que unem nosso continente, acima de interesses e ideologias particulares”, afirmou Peña.
A decisão do Paraguai reforça a crescente disputa política dentro da OEA, à medida que os países da região buscam influenciar a nova liderança da organização.