Nessa terça-feira (4), um tribunal de Barcelona começou a julgar um caso sobre o direito à morte assistida, após uma jovem paraplégica ter sua eutanásia suspensa a pedido de seu pai.

A jovem, de 24 anos, identificada como Noélia, afirmou ao juiz que sofria de “coerção” de seu entorno. Seus pais, assim como suas duas irmãs, são contra a eutanásia.

A Comissão Catalã de Garantia e Avaliação decidiu, em julho do ano passado, que o pedido de Noélia correspondia às exigências da lei, que estabelece que qualquer pessoa em posse de suas faculdades e sofrendo uma condição “crônica e incapacitante” pode solicitar assistência para morrer.

No entanto, pouco antes da data de sua eutanásia, a justiça aceitou um recurso da associação Advogados Cristãos, que representa o pai de Noélia, pedindo a paralisação do processo. O pedido da família da jovem foi aceito pela juíza do caso, que não a considerou “portadora de uma doença grave, crônica e debilitante”.

Por isso, o Ministério Público convocou a jovem, profissionais de saúde e especialistas para depor e decidir sobre o caso. Durante a audiência, Noélia esclareceu que não mudou de ideia quanto à sua vontade de receber a eutanásia.