Donald Trump exigiu que a agência de notícias Reuters devolva US$ 9 milhões. Esse valor foi pago à Thomson Reuters Special Services, uma subsidiária independente da empresa, devido um contrato de pesquisa em cibersegurança feito no primeiro mandato de 2017 a 2021. A subsidiária foi criada a fim de manter a independência editorial da Reuters e oferece análise de dados, bem como soluções de mitigação de riscos para governos e instituições globais.

Em sua rede social, Trump chamou a Reuters de uma publicação “radical de esquerda”, argumentando ainda que a agência foi paga pelo Departamento de Defesa dos EUA para participar de uma fraude social em larga escala.

O comentário de Trump foi apoiado pelo diretor do Departamento de Eficiência Governamental (Doge), Elon Musk, que afirmou que a Reuters recebeu milhões do governo norte-americano, destacando que a alegação de “fraude social em larga escala” estava “literalmente escrita no contrato”.

O contrato em questão foi assinado em 2018 pelo Laboratório de Pesquisa da Força Aérea, com financiamento da DARPA, a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa. O projeto tinha como objetivo detectar e prevenir ataques cibernéticos e tentativas de phishing. A DARPA explicou que esses ataques são chamados de “engenharia social” porque manipulam usuários para realizar ações desejadas ou revelar informações sensíveis.

Além das críticas à Reuters, Trump também indagou os pagamentos feitos a outras mídias, como o jornal digital Político e o The New York Times . Ele insinuou que esses pagamentos iam além de meras assinaturas de conteúdo para funcionários federais, sugerindo que o dinheiro federal poderia estar mantendo o New York Times em funcionamento.