A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) destinou mais de R$ 800 milhões a grupos extremistas ligados a organizações terroristas, conforme apontado em um relatório do Middle East Forum, um think tank americano. O estudo, publicado em 4 de fevereiro de 2025, revela que a Usaid e o Departamento de Estado dos EUA aprovaram US$ 164 milhões em subsídios para organizações radicais, com pelo menos US$ 122 milhões direcionados a grupos alinhados com terroristas designados e seus apoiadores.

Um dos casos mais chocantes identificados pelo Middle East Forum envolve a Bayader Association for Environment and Development, uma organização de Gaza vinculada ao Hamas, que recebeu uma doação significativa da Usaid. Desde 2016, a instituição foi beneficiada com mais de US$ 900 mil, incluindo um repasse de mais de US$ 15 mil poucos dias antes do ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023.

Foto: Reprodução/X
Usaid

O relatório destaca que os funcionários da Usaid elogiaram publicamente o trabalho da Bayader nas redes sociais e até visitaram seus escritórios. De acordo com as denúncias, um alto funcionário da Usaid, Jonathan Kamin, recebeu um prêmio da organização de Gaza, apesar de sua ligação com o Hamas.

Outro foco do relatório é a Agência Americana de Refugiados do Oriente Médio (Anera), uma das maiores beneficiárias da Usaid. Em 2024, a Anera recebeu cerca de US$ 12,5 milhões, mas, segundo o estudo, a agência tem estreitos laços com a Bayader e outras organizações ligadas ao Hamas em Gaza. Além disso, membros da Anera teriam expressado apoio ao massacre do Hamas contra israelenses nas redes sociais, publicando mensagens violentas e sem censura, incluindo a defesa de ataques terroristas e a glorificação do assassinato de judeus.

Outro exemplo trazido pelo Middle East Forum é o da Islamic Relief Agency (ISRA), que foi classificada como organização terrorista pelos Estados Unidos desde 2004 devido a suas ligações com Osama bin Laden. Em 2015, a Usaid, por meio da ONG World Vision, repassou cerca de US$ 125 mil à ISRA, ignorando a classificação da agência como terrorista e negligenciando as regras de verificação de parceiros.