O presidente da Argentina, Javier Milei , pediu que os governos da América do Sul repudiem a ação do regime de Nicolás Maduro contra a ex-deputada María Corina Machado . A opositora foi sequestrada por agentes das forças militares de Maduro na tarde de quinta-feira (09). Ainda no mesmo dia, o partido de Corina anunciou que ela havia sido liberada.

Em um comunicado divulgado por seu gabinete, Milei expressou grande preocupação com a situação na Venezuela, especialmente em relação ao que chamou de “ataque criminoso” do governo chavista contra a líder democrática. Corina Machado foi sequestrada enquanto participava de um protesto na cidade de Chacao.

No comunicado, Milei descreveu a ação do governo Maduro como uma “operação típica das piores ditaduras da história”. Ele destacou que o líder venezuelano estava usando a força para atacar a principal defensora de uma Venezuela livre e democrática.

Ao concluir o texto, o gabinete do presidente argentino fez um apelo a outros governos da região para que se unissem na condenação do ataque a Corina Machado. A nota também exigiu o fim do regime socialista, que, segundo Milei, tem empobrecido milhões de venezuelanos e os mantém sob a dependência de uma ditadura, criando um “verdadeiro inferno na Terra”.

Reações internacionais

Três ex-presidentes colombianos – Álvaro Uribe, Juan Manuel Santos e Iván Duque – também manifestaram apoio à líder oposicionista e questionaram as ações do governo Maduro. Em contrapartida, o presidente atual da Colômbia, Gustavo Petro, acusou a oposição de disseminar “fake news” para fortalecer a versão oficial do regime.

Líderes fora da América Latina também se pronunciaram sobre o incidente. O líder do partido Vox na Espanha, Santiago Abascal, afirmou que o “usurpador Maduro deve cair, por bem ou por mal”. Nos Estados Unidos, o deputado Carlos Gimenez declarou que o “regime cometeu um erro fatal” ao prender María Corina Machado.