A Venezuela amanheceu em clima de tensão nesta sexta-feira (10), com o fechamento da fronteira com a Colômbia, uma decisão tomada pela ditadura de Nicolás Maduro poucas horas antes de sua posse para o terceiro mandato presidencial.
Segundo o regime, a medida foi necessária para prevenir o que Maduro descreveu como “uma conspiração internacional para perturbar a paz dos venezuelanos”. A fronteira permaneceu bloqueada até as 6 horas da manhã, no horário de Brasília, em uma tentativa de evitar interferências externas no momento político conturbado do país.
Enquanto isso, Edmundo González , opositor de Maduro e que afirma ter sido eleito democraticamente, também se prepara para assumir o cargo de presidente nesta sexta-feira. Entidades independentes, como o Center Carter, dos Estados Unidos, apoiam a legitimidade de sua eleição, trazendo ainda mais incertezas ao cenário político venezuelano.
Com a promessa de ocupar o cargo que diz ter conquistado, González anunciou que deixaria a República Dominicana para retornar à Venezuela e tomar posse. O gesto desafia diretamente Maduro, que se mantém no poder sob acusações de fraude eleitoral e repressão à oposição.