Renato Rodrigues
Ednaldo Rodrigues foi reconduzido à presidência da CBF após liminar concedida na quinta-feira (4), pelo ministro Gilmar Mendes, e afirmou que sua primeira medida será escolher uma comissão técnica definitiva para comandar a seleção brasileira.
O mandatário não comentou absolutamente nada sobre o “acordo” firmado com Carlo Ancelotti para que o mesmo assumisse a Canarinho em junho de 2024 e que renovou com o Real Madrid até junho de 2026. Para ele, agora, o importante é não ter mais um treinador interino à beira do campo em um dos piores inícios de eliminatórias da Copa do Mundo já vista pelo Brasil.
Neste momento, há dois nomes na mesa da CBF: Dorival Júnior, hoje técnico do São Paulo e sob contrato até o fim de 2024 com o Tricolor Paulista, e o ex-jogador Filipe Luís, que se aposentou no fim de 2023 e possuiu as licenças A e B da CBF Academy, para a comissão fixa.
“Primeira meta é inscrever a seleção brasileira no torneio pré-olímpico e resolver a questão do técnico e da comissão técnica definitiva da seleção principal”, afirmou Ednaldo.
Situação pegou São Paulo no susto
O São Paulo pensou estar navegando em mar calmo após vencer a Copa do Brasil e renovar com Dorival por mais uma temporada, participando ativamente do planejamento tricolor, mas mar calmo não faz bom marinheiro em canto algum e o retorno de Ednaldo Rodrigues à presidência e a citação de Dorival para assumir a Seleção mexeram com as estruturas do Morumbi.
Ednaldo, sem tempo a perder, já fez os primeiros contatos com Júlio Casares, presidente tricolor, para antecipar que pretende ter uma conversa pessoal com Dorival Júnior. Completamente adaptado ao contexto são-paulino, o técnico é visto como uma chave-mestra na Barra Funda.
Pegos de surpresa, os tricolores estão dispostos a fazer os esforços necessários para manter Dorival Júnior no comando da equipe, mas entendem que uma conversa com o presidente da CBF pode mudar completamente os rumos da instituição que tem o Campeonato Paulista e a Supercopa do Brasil logo à frente. Treinar a seleção brasileira sempre foi um sonho de Dorival Júnior, e a diretoria sabe que pode começar fevereiro com um novo treinador.
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