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Jorge Vilda é demitido do cargo de treinador da Seleção da Espanha

Treinador foi um dos pivôs da desordem causada pela Federação Espanhola e chegou a ser boicotado.

Após todas as polêmicas que envolveram a Espanha na Copa do Mundo Feminina de Futebol, a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) anunciou a demissão do técnico Jorge Vilda nesta terça-feira (5). Ele também deixa o cargo de diretor de futebol feminino da federação.

Em um tom que em nada condiz com as denúncias feitas pelas atletas sobre as atitudes de Vilda, a federação dispensou o técnico, mas não deixou de exaltá-lo, colocando-o em um lugar de peça-chave imprescindível para o desenvolvimento do futebol feminino na Espanha.


Foto: Divulgação/FIFAJorge Vilda, técnico da Espanha
Jorge Vilda, técnico da Espanha

“A Real Federação Espanhola de Futebol, em uma das primeiras medidas de renovação anunciadas pelo presidente Pedro Rocha, decidiu dispensar os serviços de Jorge Vilda como técnico da seleção nacional feminina, cargo que aceitou em 2015. A RFEF agradece o seu trabalho à frente da seleção nacional e nas suas funções como responsável esportivo máximo das seleções femininas, bem como os sucessos alcançados durante sua passagem coroada com a recente conquista da Copa do Mundo. Valorizamos sua impecável conduta pessoal e desportiva, sendo peça-chave no notável crescimento do futebol feminino na Espanha. Durante sua longa carreira, Vilda tem sido um promotor dos valores do respeito e do espírito esportivo no futebol”, declarou a federação espanhola.

Em substituição a Vilda, a ex-jogadora Montse Tomé, que era assistente técnica adjunta na antiga comissão técnica, foi nomeada treinadora principal e faz história como a primeira mulher a treinar a seleção feminina da Espanha.

Vilda esteve envolvido na polêmica espanhola desde o início, quando foi boicotado por parte da seleção, que criticava seus métodos pessoais e de treinamento. No grupo de 15 atletas, entre elas Putellas e Bonmatí, assinaram um comunicado em 2022 e exigiram a saída do treinador. Esse comunicado foi ignorado pela federação, que resolveu bancar Vilda, principalmente a partir do então presidente Luis Rubiales, que está provisoriamente suspenso pela Fifa após ter assediado a atleta Jenni Hermoso durante a cerimônia de premiação da Copa do Mundo Feminina.

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