Seleção brasileira faz homenagem a Walewska antes de partida

A campeã olímpica com a seleção brasileira de vôlei, Walewska Oliveira, que morreu na noite dessa quinta-feira (21), aos 43 anos, foi homenageada antes da partida entre Brasil e Turquia, pelo Pré-Olímpico de vôlei, no início desta sexta-feira (22). Durante o protocolo oficial, o ginásio ficou em silêncio durante 30 segundos, em respeito à central.

Ao entrar em quadra, as jogadoras da seleção estavam com faixas no braço com os dizeres: W #1, inicial do nome da jogadora e o número que ela usava. Walewska conquistou o ouro com a seleção brasileira nas Olímpiadas de Pequim 2008. A ex-jogadora anunciou a sua aposentadoria no final da temporada 2021/2022, quando atuou pela última vez pelo Praia Clube.

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Foto: Reprodução/Twitter

Atletas entram em quadra com faixas em homenagem a Walewska

A morte de Walewska gerou grande repercussão não só no mundo do vôlei, mas também em outras áreas do esporte. O técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, recebeu a notícia do óbito da ex-jogadora, após a derrota por 1 a 0 para o Grêmio. Wal e Abel haviam se conhecido dois dias antes da morte da jogadora. Em entrevista coletiva, o treinador lamentou e prestou condolências.

“Quando recebes essa notícia, questionas se vale a pena todo sacrifício, dedicação. Estar longe da sua família, é duro. Em relação, tive a oportunidade de privar com ela, foi espetacular, ela era capitã de equipe. Foi sensivelmente uma hora que estivemos a trocar ideias, falar sobre a experiência dela na Espanha, como era o vôlei na Espanha e tal, ela esteve na Rússia também. No Brasil, foi giro perceber as dinâmicos e os contextos. Perguntei como foi a transição de passar de estar a profissional e depois deixar de jogar. É um luto que se faz”, afirmou Abel Ferreira.

“Ela queria, através de um podcast que ela tinha, passar essa mensagem, que o jogador tem de se preparar para essa transição. Isso tem a ver com a parte mental, passam muito tempo, há muitas coisas que ganhamos, muito dinheiro, alguns, 3% de um universo muito grande. Muitos não ganham isso e têm de se preparar para depois, parte financeira, o que faço a seguir o futebol. Foi uma hora extraordinária, de aprendizagem. Chega ao final do jogo e me dizem essa notícia, eu não queria acreditar, fiquei incrédulo. Estou muito, muito triste. O máximo que posso fazer é prestar condolências à família. No fim sou ser humano como vocês, tenho defeitos, tenho sentimentos”, concluiu o técnico do Palmeiras

Além disso, atletas e clubes se utilizaram das redes sociais para lamentar e prestar homenagens a Walewska Oliveira.