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Paola Egonu é chamada de ‘macaco’ por apresentadora de TV na Itália

Cristiana Buonamano, da Sky Sports, faz comentário racista sobre uma das principais estrelas da seleção.

Os casos de racismo contra esportistas tem sido frequentes em programas de televisão na Europa. O atacante Vinícius Júnior foi alvo de injúria em uma mesa redonda sobre futebol na Espanha. Agora, Paola Egonu, destaque da seleção italiana feminina de vôlei, foi chamada de “macaco” em um canal de seu país.

Um dos maiores destaques do vôlei na atualidade, Paola Egonu levou em julho a Itália ao título da Liga das Nações sobre a seleção brasileira, conquistando a marca de melhor jogadora do torneio. Ela tem apenas 23 anos e deve reinar no vôlei mundial por um longo período.


Foto: Reprodução/TwitterPaola Egonu
Paola Egonu

Cristiana Buonamano, apresentadora da Sky Sports, comentava sobre a seleção italiana ao lado de um convidado, quando chamou Egonu de “macaco”. “Você falou de dois macacos, mas sabe que eu acrescentaria um terceiro: Egonu. Busque, você, um adjetivo diferente ou original. Não sei ser original”, afirmou a jornalista.

Apesar de sua qualidade no vôlei, sua origem nigeriana e sua cor de pele fizeram com que Egonu fosse alvo de preconceitos durante seu início de carreira. Sob olhares raivosos, de desprezo e ofensas na quadra, a jogadora sofreu com o racismo, durante sua trajetória no vôlei.

“No começo era muito difícil. Vários torcedores me insultavam, me xingavam por conta da minha cor. Era uma coisa bruta, eram adultos me ofendendo. Mas, mesmo na rua, no ônibus ou no metrô, ouço comentários desagradáveis. Eu tento ignorar, é natural que haja gente ruim”, afirmou Egonu, em entrevista ao jornal italiano Corriere dello Sport.

“Sou diferente porque sou negra e penso. O ódio de homofóbicos e racistas me dói. Porque sou diferente. Pela cor da pele - que é a primeira coisa que você nota -, pela minha maneira de pensar e como lido com certas questões. Sei que há muitas meninas que estão na mesma situação que eu e se sentem sozinhas, não veem essa luz e nunca dão o primeiro passo. Eu me pergunto onde começa este ódio. Nós nos dividimos por raças e não procuramos compreender o outro. Eu sou uma pessoa muito emotiva e isso dói”, contou a atleta, antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

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