Fazer ajustes técnicos e táticos na seleção brasileira e reduzir as dúvidas que ainda restam a menos de dois meses para o início da Copa do Mundo do Catar são os principais objetivos de Tite nesta sexta-feira (23), às 15h30 (horário de Brasília), quando o Brasil enfrenta Gana no penúltimo teste antes do Mundial. O amistoso será na cidade de Le Havre, na França.
Na terça-feira (27) a seleção volta a campo para encarar outro time africano, a Tunísia, em Paris, no que será o último compromisso antes da estreia no Mundial, dia 24 de novembro, contra a Sérvia. Suíça e Camarões são os outros integrantes do grupo G, em que está o time brasileiro. Já Gana tem companhias de Portugal, Uruguai e Coreia do Sul em sua chave.
A previsão é de que Tite faça a convocação final no dia 7 de novembro. Até lá e também depois do Mundial, quando deixará o comando da seleção independentemente do resultado no Catar.
“A cada dia eu quero terminar o dia e me sentir em paz. Talvez a maior vitória da minha vida é me sentir em paz de ter feito o melhor trabalho possível. Em termos humanos, profissionais, dar meu melhor. Isso me gera paz. Se isso vai ser gerador do título eu não sei, mas me deixa feliz”, avisou.
A ideia, ao experimentar uma formação talentosa, leve, criativa e veloz desde o início da partida contra os ganeses é fazer projeções para a Copa, pensando nas possibilidades que Tite e sua comissão técnica têm de, por exemplo, mudar um jogo em um cenário adverso. O treinador fez a análise de que vale a pena correr riscos defensivos com essa escalação. A fórmula para que ela dê certo passa por jogar com equilíbrio.
“Toda vez que se foge desse patamar a gente corre risco”, afirmou o técnico, citando o recuo de Lucas Paquetá para a função de segundo volante. Neymar fica incumbido de armar o time e municiar Raphinha, Vini Jr e Richarlison.
“O Paquetá é um segundo meio-campista que te traz um senso de criatividade, mas ao mesmo tempo ele te traz um lateral-direito que te dá um equilíbrio defensivo (Éder Militão). São criação e gol os nossos objetivo, mas ter ao mesmo tempo consistência”.
Tite abraçou definitivamente a nova geração de atacantes, na qual também figuram Rodrygo, Antony, Firmino e Matheus Cunha, que estarão no banco. “Gostaria de dizer que o estilo não é uma decisão minha. É característica dos jogadores de lado, dessa nova geração”, argumentou.
Eles reduziram a dependência de Neymar, mas o camisa 10 continua sendo o craque do time e sua presença é fundamental, sobretudo neste momento em que começou a temporada em grande forma como não se via há alguns anos. São 11 gols e oito assistências em 11 partidas no Campeonato Francês, do qual é o artilheiro. “Está jogando muito”, exaltou Tite.
Outra novidade em relação aos últimos jogos está na lateral direita. O setor terá Eder Militão, que atua costumeiramente como zagueiro. A versatilidade dos atletas é algo que o treinador preza porque faz com que tenha mais alternativas.
BRASIL X GANA
BRASIL: Alisson; Militão, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Telles; Casemiro, Lucas Paquetá e Neymar; Vini Jr, Raphinha e Richarlison. Técnico: Tite.
GANA: Wollacott; Amartey, Djiku e Salisu; Lamptey, Partey, Iddrisu Baba, Andre Ayew e Mensah; Jordan Ayew e Iñaki Williams. Técnico: Otto Addo.
Juiz: Mikael Lesage (França).
Horário: 15h30 (de Brasília).
Local: Estádio Océane, em Le Havre, França.
TV: Globo e SporTV.
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