Resultado recorrente quando Palmeiras e Atlético Mineiro se encontram, o empate novamente prevaleceu no duelo entre dois dos principais times do futebol brasileiro. Paulistas e mineiros empataram sem gols em uma apresentação abaixo das expectativas dos torcedores, sobretudo os palmeirenses, que lotaram o Allianz Parque neste domingo e registraram o maior público da arena: 40.235. Por outro lado, merecem elogios as defesas, que pararam os poderosos ataques.
O resultado no Allianz Parque favorece o Corinthians, que ganhou do Atlético-GO no sábado e se mantém na liderança do Brasileirão, com 18 pontos, dois a mais que Palmeiras e Atlético, segundo e terceiro colocados, respectivamente. Vale lembrar que Palmeiras e Atlético podem novamente se encontrar na Libertadores. Isso acontecerá caso os dois avancem às quartas do torneio continental.
Os desfalques prejudicaram o Palmeiras, que sentiu falta especialmente de Danilo, jovem meio-campista fundamental para o bom funcionamento da engrenagem da equipe treinada por Abel Ferreira. Raphael Veiga saiu lesionado no início da partida, aumentou a lista de baixa dos paulistas e preocupou o treinador português, crítico voraz do calendário do futebol brasileiro, que leva os atletas à exaustão.
O nível técnico do duelo que reúne dois dos principais times do futebol brasileiro foi decepcionante no primeiro tempo. Houve mais discussões, provocações, faltas e erros de passe do que jogadas plásticas e oportunidades de gol.
Os desfalques, sobretudo do Palmeiras, sem sua espinha dorsal - Weverton, Gómez e Danilo - e também sem Raphael Veiga, que sentiu a posterior da coxa e deu lugar a Rafael Navarro aos 13 minutos, prejudicaram o fluxo do jogo. A partida ficou picotada, travada, e as defesas se sobressaíram.
Do lado atleticano, Eduardo Sasha levou perigo em uma puxeta improvável. O Palmeiras passou o primeiro tempo inteiro buscando uma brecha na defesa do adversária. Quando conseguiu, depois que a zaga saiu jogando errado, Dudu deixou Rafael Navarro na cara do gol, mas o centroavante chutou de tornozelo, pra fora.
O início da segunda etapa foi animado, graças à melhora do Palmeiras, que apertou a saída de bola do rival e criou oportunidades para marcar. Scarpa teve boas chances, mas foi fominha em algumas ocasiões. Preferiu chutar em vez de servir seus companheiros, mas seu pé não estava calibrado.
O jogo logo voltou a esfriar. O Atlético, satisfeito com o empate, se fechou. O Palmeiras, ciente de que precisava do triunfo em sua casa, ocupou o campo ofensivo e empurrou os mineiros para trás. A entrada de Gabriel Verón na vaga de Rony foi benéfica para os anfitriões, que pressionaram, mas não encontraram o gol. Ficou, ao fim da partida, uma frustração de quem esperava um espetáculo à altura de dois dois principais elencos do País.
PALMEIRAS 0 X 0 ATLÉTICO-MG
PALMEIRAS - Marcelo Lomba; Marcos Rocha, Luan, Murilo e Piquerez; Zé Rafael (Pedro Bicalho), Gabriel Menino (Fabinho) e Raphael Veiga (Rafael Navarro); Gustavo Scarpa, Dudu (Breno Lopes) e Rony (Gabriel Veron). Técnico: Abel Ferreira.
ATLÉTICO-MG - Everson; Mariano, Nathan Silva, Junior Alonso e Rubens; Allan, Jair (Sávio) e Nacho; Ademir, Sasha (Otávio) e Hulk. Técnico: Antonio Mohamed.
ÁRBITRO - Wilton Pereira Sampaio (FIFA/GO)
CARTÕES AMARELOS - Mariano, Gabriel Menino, Nacho, Otávio
PÚBLICO - 40.235
RENDA - R$ 2.701.274,45
LOCAL - Allianz Parque
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