Renato Rodrigues
O Altos perdeu por 2 a 1 para o Flamengo, no domingo (1), mas mesmo na derrota é possível perceber mudanças de postura na equipe que podem ditar os rumos Alviverde na Série C do Campeonato Brasileiro.
Nos jogos anteriores, contra Botafogo-SP, Figueirense e Volta Redonda, víamos um Altos com linhas descompactadas e frágil defensivamente. Sem uma forte marcação, a zaga do Jacaré ficava exposta facilmente e a equipe sofria gols à revelia, majorirariamente nos minutos iniciais. Não foi o que vimos contra o rubro-negro. Jogando por uma bola, o Altos se defendia e apostava na velocidade-habilidade de Elielton e a experiência de Betinho e Manoel para tentar chegar à meta adversária, mas em um primeiro tempo sem muitas chances criadas para ambos os lados, tivemos uma equipe de linhas baixas que preferiu entregar a bola ao oponente.
O segundo tempo foi diferente, apesar da pressão inicial do Flamengo. Com Betinho centralizado e os pontas - no 1° tempo, Manoel e Elielton, depois substituído por Danillo Bala - invertendo os lados, o Altos soube aproveitar uma falha da defesa rubro-negra, que culiminou no golaço de bicicleta de Manoel. Apesar do número 9 na camisa do principal artilheiro do time, que comemorou seu jogo de número 200 pelo Altos, M9 sempre se destacou jogando pelos lados. Tivemos lampejos disso no jogo contra o Voltaço e vimos efetivamente contra o Fla.
Fábio Aguiar fez sua estreia com a camisa do Altos e mostrou confiança no tempo inicial. O zagueiro teve uma boa atuação, mas o segundo gol saiu após uma bobeada, o zagueiro poderia ter mandado um chutão para fora. Destaque também para Marcelo, muito questionado na Série C, mas que mostrou ser um excelente goleiro. Os gols não saíram por falhas dele, em especial o de João Gomes, para desempatar a partida, que veio após um apagão da defesa, que não deixou ninguém na cobertura.
Agora, Diá terá dois dias pela frente para reorganizar e direcionar o grupo que enfrenta o ABC, na quarta-feira (4), às 18h, no Lindolfo Monteiro. Se o time manter suas linhas ajustadas, há ainda muito futebol a ser jogado na Série C e condições reais de se manter na Terceira Divisão.
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