Fechar
GP1

Esportes

Hamilton fala após perda do título: 'nunca disse que deixaria a Fórmula 1'

Piloto rompe silêncio após dois meses, admite abalo com derrota e afirma que continua correndo em 2022.

Pouco mais de dois meses depois da perda do título do Mundial de Pilotos de 2021 para o holandês Max Verstappen, da Red Bull, na última volta do GP de Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, o britânico Lewis Hamilton falou publicamente pela primeira vez nesta sexta-feira. E afirmou que seu futuro segue dentro das pistas da Fórmula 1.

"Eu nunca disse que deixaria a Fórmula 1. Adoro fazer o que faço e é um privilégio trabalhar com esse grande grupo de pessoas. Eu me sinto como parte de uma família. Não há nada como isso", disse o piloto, hexacampeão mundial, em entrevista coletiva durante a apresentação do modelo W13, o carro que a Mercedes utilizará na nova temporada.


Com o vice-campeonato, Hamilton resolveu ficar de fora até das redes sociais, onde era bem ativo, e só voltou a fazer publicações em sua conta oficial no Instagram neste mês. No último dia 5, compartilhou uma foto com a legenda "Eu fui. Agora estou de volta!'".

Durante a entrevista coletiva desta sexta-feira, o piloto britânico admitiu ter ficado abalado após a derrota em 2021. Hamilton revelou que buscou apoio na família e agora se sente preparado para encarar a temporada deste ano que começa no dia 20 de março com o GP do Bahrein, no circuito de Sakhir.

"Foi um momento difícil para mim e um momento em que precisei dar um passo para trás e me concentrar no presente. Eu tive minha família ao meu redor e criei ótimas lembranças nesse período, mas acabei chegando a um ponto em que decidi que atacaria novamente, começando outra temporada e trabalhando com Toto (Wolff) e George (Russel)", ressaltou o piloto, ao lado do chefe da Mercedes e do novo colega de equipe, que substitui o finlandês Valtteri Bottas.

Em Abu Dabi, Hamilton chegou empatado em pontos com Verstappen e liderou boa parte da corrida, mas foi ultrapassado na última volta após decisões polêmicas da direção de prova, que não seguiu o regulamento para a gestão do "safety car" (carro de segurança). O caso foi alvo de investigação da Federação Internacional de Automobilismo (FIA, na sigla em francês) e resultou na saída do australiano Michael Masi do cargo de diretor de provas na Fórmula 1.

Já Wolff ressaltou no evento a contribuição de Hamilton para a equipe alemã e garantiu não temer que ele, de fato, se aposentasse. "Isso não foi sobre o diretor de provas ou outra pessoa, era sobre Lewis fazer as pazes com a forma como a corrida terminou. Para ele, trata-se de justiça desportiva e não foi esse o caso, ele precisava de um tempo para refletir. Mas nunca fiquei preocupado. Temos uma equipe forte, então eu sabia que ele voltaria. Todos ficamos desiludidos porque Lewis era o melhor cara em pista e isso lhe tirado por um único indivíduo contra todas as regras, então digerir isso é muito difícil. Nunca vimos nada assim, então ele teve que se afastar, libertar sua mente e pensar em outra coisa", comentou.

"Chegamos aqui praticamente juntos, em 2013. Dez anos conosco é muito tempo. Ano passado, pareceu que perdemos a corrida no Brasil com a desclassificação na classificação (de sexta-feira), mas Lewis disse: 'Vamos pelo menos ganhar esse título de construtores por nós'. Ele é um jogador de equipe e uma peça super importante para nós", completou o austríaco.

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.