Um programa de TV do Qatar aproveitou mais uma precoce eliminação da Alemanha para ironizar o protesto feito pelos alemães na estreia na Copa do Mundo do Catar, com a derrota diante do Japão. Naquele dia, os atletas alemães, que entrariam com a braçadeira “OneLove” e foram proibidos pela Fifa de se manifestar, pousaram para a foto oficial com as bocas tapadas. Os 11 homens no local levaram a mão à boca e acenaram um tchau.
No Qatar, a homossexualidade é proibida por lei e as seleções da Inglaterra, Holanda, País de Gales, Dinamarca, Bélgica e Suíça utilizariam a braçadeira com as cores da bandeira da comunidade LGBTQIA+. As manifestações foram coibidas pela entidade máxima do futebol mundial, que prometeu punir com um cartão amarelo quem utilizasse o item. Na fase de grupos, dois cartões causam suspensão automática do atleta.
محللين برنامج المجلس بعد خروج ألمانيا ???? pic.twitter.com/M87KeE5Htz
— شؤون قطرنا ???????? (@Qattar_Affairs) December 2, 2022
A Alemanha venceu a Costa Rica por 4 a 2 na última rodada do Grupo E, mas não fez o suficiente para avançar às oitavas de final da Copa do Mundo pela segunda edição seguida. A despedida prematura dos alemães, que entraram no páreo figurando entre as favoritas, movimentou torcedores, especialmente brasileiros, que encheram a internet de ‘memes’. A situação do Qatar, porém, em nada se assemelha.
Além das polêmicas envolvendo causas sociais e Direitos Humanos – o torcedor italiano Mario Ferri, invadiu o gramado do estádio Lusail com uma bandeira LGBTQIA+ no confronto entre Portugal e Uruguai. O governo qatari, através do chefe da organização da Copa do Mundo, Hassan Al-Thawadi afirmou, na última terça-feira (29), que entre “400 e 500 pessoas” morreram durante a construção dos estádios do Mundial de 2022.
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