O Brasil chegou para o compromisso diante da Suíça, no estádio 974, com a possibilidade de já garantir sua vaga nas oitavas de final na Copa do Mundo do Catar. Sem Neymar e Danilo, que machucaram os tornozelos no jogo diante da Sérvia, o técnico Tite optou por uma formação com Fred e Éder Militão na lateral-direita. Com uma partida truncada, sem muito funcionamento do setor de criação, o Brasil demorou a engrenar. A dinâmica da partida mudou quando Tite optou por mudar o time e colocar Rodrygo, Bruno Guimarães e Antony, para trazer mais intensidade na partida, que resultou no gol de Casemiro.
O jogo
Foi um primeiro tempo truncado. A Suíça entregava a bola para o Brasil e esperava contar com um erro do sistema defensivo brasileiro para tentar seus contra-ataques, mas nem uma parte, muito menos a outra acontecia. Bem diferente do que vimos na partida diante da Sérvia, os 45 minutos iniciais foram de um ataque bem mais pragmático, que forçava demais em cima de Vinicius Jr e não conseguia encontrar outras saídas. O sistema defensivo, por outro lado, se manteve sólido e seguro desde a primeira linha com Marquinhos e Thiago Silva. As tentativas de chute ao gol, apenas duas, vieram em um chute mascado de Vini Jr e uma tentativa de Raphinha, da entrada da área, mas sem assustar.
A segunda etapa foi completamente diferente dos 45 minutos iniciais vistos. E as mudanças de Tite foram fundamentais para isso, com as entradas de Rodrygo no lugar de Paquetá, Bruno Guimarães na vaga de Fred e, com alguns minutos mais tarde, Antony na vaga de Raphinha. A mudança na dinâmica do jogo e com uma saída de pressão muito mais controlado, possibilitaram que Rodrygo encontrasse Richarlison para fazer um ótimo passe para Vini marcar – porém, a posição de impedimento fora assinalada. Com mais espaços e transições – o que mostra que a geração é completamente diferente – Vini encontrou Rodrygo, que sem olhar entregou a boa nos pés de Casemiro, para marcar um golaço e destravar o grito da garganta dos brasileiros.
Desesperados por um gol, a Suíça se lançou ao ataque e desmontou seu sistema defensivo inicial, o que foi um prato cheio para o Brasil, que poderia ter ampliado se Vini tivesse tocado e outras duas vezes com chutes de Rodrygo. Coube ao escrete canarinho controlar a partida até o fim dos extensos seis minutos de acréscimos, uma tônica na Copa do Mundo do Catar. Agora, é se preparar para enfrentar um persistente Camarões e pensar nas oitavas de final.
Ver todos os comentários | 0 |