O Brasil conquistou duas medalhas de bronze na bocha, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Primeiro, Maciel Santos derrotou o tailandês Worawut Saengampa por 4 a 3 na classe BC2 (paralisado cerebral). Na sequência, José Carlos de Oliveira venceu o português André Ramos por 8 a 2 e garantiu o terceiro lugar na classe BC1 (paralisia cerebral com severo comprometimento).
Foi a terceira medalha paralímpica de Maciel, que nasceu com paralisia cerebral e começou na modalidade aos 11 anos. Nos Jogos do Rio em 2016 ele terminou com a prata nos pares e em Londres, 2012, garantiu o ouro. O brasileiro também vem de grande atuação nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, em 2019, quando terminou com o ouro no individual e a prata por equipes.
José tem 44 anos e iniciou na bocha aos 26. É a primeira conquista dele em Jogos Paralímpicos. Ele vem de uma prata no individual e por equipe nos Jogos Parapan-Americanos de Lima em 2019, além de ouro ouro no individual e por equipes no Parapan de Toronto 2015 e bronze no individual no Parapan de Guadalajara, em 2011.
Na bocha, todos os atletas competem em cadeira de rodas. Há quatro diferentes classes. No caso dos atletas com maior grau de comprometimento, é permitido o uso de uma calha para dar mais propulsão à bola. Os tetraplégicos, por exemplo, que não conseguem movimentar os braços ou as pernas, usam uma faixa ou capacete na cabeça com uma agulha na ponta. O calheiro posiciona a canaleta à sua frente para que ele empurre a bola pelo instrumento com a cabeça.
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