A natação brasileira teve uma manhã ótima de terça na Paralimpíada de Tóquio: após o ouro de Maria Carolina Santiago e a prata de Gabriel Bandeira, Mariana Gesteira levou o bronze na final dos 100m livre da classe S9 (atletas com restrições nas articulações em uma perna ou amputações abaixo do joelho nas duas) e o quarteto formado por Wendell Belarmino, Douglas Matera, Lucilene Caetano e Maria Carolina Santiago conquistou a prata no revezamento 4x100m livres misto 49 pontos (ou seja, a soma das classificações dos atletas tem que dar 49).
A prova do revezamento é voltada principalmente para deficientes visuais. O primeiro a entrar na piscina foi Wendell Belarmino, que é completamente cego, e ele foi bem, entregando em primeiro para Douglas Matera. Douglas segurou a vantagem ao passar para Lucilene.
Outras equipes tiveram estratégias diferentes e decidiram deixar os homens para o final - ainda assim, Lucilene conseguiu entregar para Maria Carolina na primeira posição, embora russos e ucranianos estivessem se aproximando. O último representante do quarteto do Comitê Paralímpico Russo conseguiu ultrapassar Maria Carolina, mas a brasileira ainda se manteve à frente da Ucrânia. Na contagem final, a Rússia ficou com o tempo de 3min53s79, o Brasil completou a prova em 3min54s95 e a Ucrânia em 3min55s15.
Em sua disputa, Gesteira não foi bem na primeira metade da prova, fechando abaixo das três primeiras. Contudo, na parte decisiva, a brasileira reagiu e conseguiu fechar na terceira colocação, com o tempo de 1min03s39. O ouro foi para Sophie Pascoe, da Nova Zelândia, que completou a prova em 1min02s37, e a prata para Sarah Gascow, que anotou 1min02s77.
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