O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira, dia 1.º, que o Brasil vai sediar a Copa América 2021, torneio de futebol de seleções marcado para começar no próximo dia 13. O País foi a terceira opção dos organizadores, após Colômbia e Argentina desistirem de receber o evento. "Se depender de mim e de todos os ministros, inclusive o da Saúde (Marcelo Queiroga), está acertado, haverá. O protocolo é o mesmo da Libertadores, o mesmo da Sul-Americana (campeonatos internacionais de futebol), a mesma coisa", declarou Bolsonaro a apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada.
Mais tarde, durante cerimônia da Caixa Econômica Federal de incentivo ao esporte, o presidente voltou a comentar sobre o assunto. "Considero da parte do governo federal, como já tratei com o ministro-chefe da Casa Civil, general Ramos, assunto encerrado".
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, é genro do empresário e apresentador Silvio Santos, dono do SBT, empresa que tem os direitos de transmissão da Copa América. Ontem, o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, afirmou que a condição estabelecida pelo governo para o Brasil sediar a Copa América deste ano é de os jogos acontecerem sem torcidas e que todos os integrantes das delegações serem vacinados. Em entrevista no Palácio do Planalto, Ramos não havia dado como certo que o País vai receber a competição. "Caso se realize (a Copa América no Brasil), ele não terá público. No momento são dez times. Já foi acordado com a CBF em reunião por videoconferência de no máximo 65 pessoas por delegação. Todos vacinados. Foi a condição que nós tratamos com a CBF", disse o ministro.
De acordo com o que disse Ramos na noite de segunda, apesar de a própria Conmebol, entidade responsável pelo torneio de seleções, ter anunciado o Brasil como sede, isso ainda não está definido. "Não tem nada certo, quero pontuar de uma forma bem clara, estamos no meio do processo, mas não vamos nos furtar a uma demanda caso seja possível de atender", disse o ministro da Casa Civil.
A transferência do evento para o País foi anunciada após Colômbia e Argentina serem impedidas pela Conmebol de receber o torneio. Os países também desistiram de sediar os jogos por problemas internos. O Brasil foi escolhido com o argumento de possuir estádios em boas condições de uso, apesar de alguns estarem ociosos após a Copa do Mundo de 2014. A CBF se ofereceu.
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