O Ministério Público de São Paulo considera a possibilidade de pedir um exame psicológico da modelo Najila Trindade, que acusa Neymar de estupro e agressão durante encontro em Paris no mês de maio. O pedido pode ser feito quando a investigação for encaminhada à instituição pela Polícia Civil, o que deve acontecer na segunda-feira (1).
Para Flávia Merlini, promotora de Enfrentamento à Violência Doméstica que acompanha o caso, o procedimento é comum em casos de crimes sexuais. "Na verdade, sempre há esta possibilidade do exame psicológico em crimes sexuais. É algo muito comum neste tipo de crime para o Ministério Público pedir este tipo de prova Nós vamos decidir se vamos pedir ou não", afirmou Flávia Merlini nesta Sexta-feira (28).
- Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão ConteúdoNajila Trindade
O advogado da modelo, Cosme Araújo, é contrário à avaliação psicológica de Najila. "O advogado da vítima já soltou uma nota na imprensa de que ele seria contra esse exame por sugerir que a vítima tem qualquer tipo de problema. Então, vamos avaliar, quando o inquérito policial chegar para nós, se haverá necessidade deste tipo de diligência ou não", ponderou Flávia Merlini.
A Polícia ouviu nesta Sexta-feira (28) o último depoimento no inquérito. A advogada Yasmim Abdalla foi ouvida à tarde na 6.ª Delegacia de Defesa da Mulher e saiu sem dar declarações à imprensa.
Um dos questionamentos dos investigadores abordou o sumiço do celular de Najila. Yasmin foi questionada se viu o aparelho com a modelo. Na visão dos investigadores, o aparelho é importante, pois teria imagens do segundo encontro entre Neymar e a modelo em Paris. Najila diz que perdeu o celular, mas não registrou Boletim de Ocorrência e não pediu o bloqueio da linha.
Na segunda-feira (1) termina o prazo para a conclusão do inquérito. Os investigadores podem solicitar um tempo maior de apuração ou finalizar o relatório, a tendência mais provável. O documento será encaminhado ao Ministério Público, que pode denunciar (fazer acusação formal contra Neymar), pedir o arquivamento ou requisitar novas diligências. A promotoria tem 15 dias para decidir.
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