O presidente Jair Bolsonaro desistiu de ir a Lima, no Peru, para acompanhar o jogo entre Flamengo e River Plate, sábado, pela final da Libertadores. A informação foi divulgada pelo Palácio do Planalto. No último dia 6, o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, disse que Bolsonaro acompanharia o jogo no estádio, a convite do governo local. Torcedor do Palmeiras, o presidente visitou recentemente os jogadores da seleção brasileira sub-17, campeões mundiais no fim de semana. Na conversa com os garotos, disse que torceria pela equipe carioca contra o River.
Bolsonaro já esteve em diversos jogos de futebol como presidente da República. No sábado passado, dia 16, o presidente foi mais aplaudido do que vaiado durante jogo entre Santos e São Paulo, no litoral paulista. Em junho, levou o ministro da Justiça, Sérgio Moro, para acompanhar a disputa entre CSA e Flamengo no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. A equipe carioca também foi prestigiada em viagem recente de Bolsonaro à Ásia. O presidente entregou um casaco da equipe ao presidente da China, Xi Jinping, após reunião bilateral no Palácio do Povo, quando disse que o rubro-negro é o "melhor time brasileiro do momento".
No último dia 7, em transmissão nas redes sociais, Bolsonaro declarou que estava "pensando em ir para o Peru". "Se eu for, vão dizer que estou usando avião da Força Aérea. Se tivesse algo já marcado, mas não está marcado... acho que...", disse o presidente, sem finalizar a frase. Na mesma transmissão, Bolsonaro afirmou que o Flamengo, neste ano, não deve ficar "só no cheirinho" e será campeão da Libertadores, em alusão a brincadeiras de rivais do rubro-negro sobre derrotas da equipe em anos anteriores.
Por causa dos protestos violentos ocorridos no Chile, a final da Libertadores foi transferida para o Estádio Monumental de Lima, no Peru. A decisão de tirar o jogo de Santiago foi tomada após reunião na sede da Conmebol, no Paraguai, com representantes dos dois clubes e das federações nacionais de Brasil, Argentina e Chile. A entidade alegou que optou por mudar o local da final "considerando a segurança dos jogadores, público e das delegações".
O Palácio do Planalto não informou o motivo de Bolsonaro desistir da partida. Também não disse se há outra agenda prevista para o mesmo dia da final.
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