Segundo a Polícia Civil de São Paulo, diversos endereços da cidade paulista estariam ligados a empresas que formam um esquema de lavagem de dinheiro, com detalhes revelados no contrato de patrocínio do Corinthians . As informações foram divulgadas em uma reportagem do Fantástico, exibido nesse domingo (23).

Em janeiro de 2023, a VaideBet assinou um contrato de R$ 360 milhões com o Corinthians, considerado na época o maior patrocínio para um clube sul-americano. Meses depois, a empresa de apostas reincidiu o acordo após descobrir que parte do valor foi desviado para um CNPJ suspeito.

De acordo com a investigação, o Corinthians fez dois depósitos de R$ 700 mil para a Rede Social Media Design, que passou o dinheiro para a Neoway Soluções Integradas, que os policiais suspeitam ser uma empresa de fachada constituída em nome de uma laranja. A reportagem também mostrou que a sede da Neoway é falsa e a mulher apontada como dona, identificada como Edna Oliveira dos Santos, vive em condições humildes e recebe Bolsa Família.

Uma investigação particular foi contratada para descobrir se Edna tinha conhecimento da Neoway, com a polícia tendo indícios de que ela foi contratada por Armando Mendonça, vice-presidente do Corinthians. Os agentes também acreditam que várias empresas fazem parte de um esquema maior de lavagem de dinheiro, liderado pela ACJ Plataform Comércio e Serviços. Entre novembro de 2023 e fevereiro de 2024, ela teria recebido mais de R$ 3 milhões de quatro CNPJs.