Lívia Pessoa
Pela primeira vez em 35 anos as vendas de discos em vinil ultrapassaram as de CD nos Estados Unidos. Conforme anunciado pelo Relatório da Associação Americana da Indústria de Gravação, somente no ano passado foram vendidos mais de 41 milhões de discos de vinil contra 33 milhões de CDs, o que representa um lucro de mais de R$ 6 milhões.
Essa marca tinha sido atingida pela última vez em 1987, quando a produção de CDs ainda era ínfima, comparada aos anos 2000. Para a estudante de Direito de 21 anos, Olga Letícia, a preferência pelos discos acontece pela experiência sonora e estética única, que os demais formatos não proporcionam.
“A preferência pelo disco vinil do que por um CD é toda baseada na experiência. No disco o som sai mais encorpado e grave, além da parte de limpar o disco, preparar a agulha e colocar pra tocar torna tudo muito mais interessante”, explicou Olga.
A consumidora desse produto vintage também é cantora e musicista, por isso ressaltou em sua fala que a qualidade do som é diferenciada. "O som do CD já é mais agudo e tem uma sensação mais aberta, totalmente diferente do Groove do disco", complementou.
História
Ainda que tenha chegado ao Brasil só em 1951, o disco de vinil foi sensação entre os adoradores de música e dominou o mercado até 1996. No entanto, nas vésperas dos anos 2000 acabou sendo trocado pela nova tecnologia da época, o CD. Até que, para surpresa de muitos e fugindo do que é normalmente esperado de uma tecnologia que ficou obsoleta, em pleno século XXI os discos voltaram a ocupar espaços e a tocar nas vitrolas de muitas casas.
Agora, empresas estão apostando na produção “vintage” desses discos. Ainda que não seja mais preciso ir a uma loja de antiguidades para adquirir o produto, muitos vão para poder apreciar essa experiência sonora. Além disso, músicos da nova geração também vendem suas obras em discos de vinil, contemplando essa perspectiva artística, como Taylor Swift, Lady Gaga e Lana Del Rey.
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