O médico gaúcho Marcos Harter foi à Justiça tentar suspender as investigações da polícia contra ele, suspeito de ter agredido a então namorada Emilly Araújo, durante o Big Brother Brasil 17. O juiz da 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, Marco Couto, negou o pedido de liminar do cirurgião plástico.
No relatório elaborado pelo advogado de defesa, Roberto Flávio Cavancanti, o médico alega que a delegada Márcia Noeli Barreto, diretora da Divisão de Polícia de Atendimento à Mulher (DPAM), do Rio de Janeiro, não tem atribuição para presidir o inquérito policial. Foi Márcia quem solicitou a abertura das investigações, quando o gaúcho ainda estava confinado no reality show, o que resultou na sua expulsão do programa pela Globo. Marcos alega também que Emilly não depôs contra ele.
- Foto: Facebook/Marcos HarterMarcos Harter
A delegada Márcia respondeu à acusação dizendo que apenas acionou a delegada Viviane Costa, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá, a quem coube instaurar o inquérito policial para apurar os fatos. De acordo com a Veja, foi a delegada Viviane quem decidiu pelo indiciamento do médico e passou o caso ao Ministério Público.
Ao protocolar o habeas corpus, o advogado de Marcos não apresentou, no entanto, cópia do inquérito policial, evidência que deveria confirmar a acusação feita no pedido de liminar. “Assim, considerando que o deferimento de liminar em sede de habeas corpus impõe a existência de uma situação verdadeiramente excepcional, não se pode acolher o pleito do impetrante. Nada obsta que, até o julgamento do mérito deste writ, o impetrante saia de sua inércia e traga o embasamento fático às suas teses, não se podendo presumir que as suas alegações encontrem respaldo na realidade investigatória”, destacou o juiz Marcos Couto em sua decisão.
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