A "lista suja" do trabalho escravo, feita pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), agora inclui o nome da fazenda do cantor sertanejo Leonardo . Segundo o ministério, o artista foi adicionado à lista após uma fiscalização realizada na Fazenda Talismã, localizada em Jussara, na região noroeste de Goiás . O documento também detalhou que, na propriedade, seis trabalhadores foram encontrados em condições análogas à de escravo.
A assessoria do cantor informou que a parte da fazenda mencionada na lista pertence a um arrendatário responsável pelo cultivo de soja e destacou que Leonardo não tinha conhecimento das práticas de trabalho escravo. “Não é de Leonardo. O Ministério do Trabalho conduziu esse processo, e o cantor apresentou todas as provas em sua defesa”, afirmou a assessoria.
Atualmente, a lista conta com 727 nomes. Entre os incluídos nesta atualização, 22 empregadores são do setor de produção de carvão vegetal, 17 da criação de bovinos, 14 da extração de minerais e 11 do cultivo de café e da construção civil, além de outros segmentos. A atualização também resultou na exclusão de 85 empregadores que completaram dois anos desde a inclusão no cadastro.
A relação é atualizada a cada seis meses. De acordo com o MTE, a inclusão de empregadores na lista ocorre “somente após a conclusão do processo administrativo que julga o auto específico de trabalho análogo à escravidão, resultando em uma decisão administrativa irrecorrível de procedência”.