O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, criticou nesta segunda-feira, 10, o concorrente do PSL, Jair Bolsonaro, durante agenda pública em Mauá, na região metropolitana de São Paulo.
Ciro, na sexta-feira, evitou ataques ao candidato. Outros candidatos à Presidência fizeram uma trégua a Bolsonaro, que era alvo de ataques nas agendas públicas e em programas de TV. Na quinta-feira, Bolsonaro foi vítima de uma facada em Juiz de Fora (MG).
Classificando o ataque a Bolsonaro como inadmissível, Ciro considerou que os posicionamentos do adversário são estimulantes à violência. "Ele representa um risco grave à população", afirmou. "Não concordo com nada que ele pensa, nada do que ele fala. Depois do ataque, suspendi as atividades da minha campanha. Mas agora é bola para frente."
- Foto: Júlio Zerbatto/Futura Press/Estadão ConteúdoCiro Gomes durante reunião em São Paulo
Ontem à noite, após o debate Estadão/TV Gazeta/Jovem Pan, Ciro já havia criticado Bolsonaro. Segundo ele, o candidato do PSL foi ferido na barriga, mas não mudou nada na cabeça.
Ciro também buscou minimizar o efeito eleitoral do crime contra Bolsonaro. O pedetista afirmou que a população se uniu a ele em solidariedade humana e que isso pode representar "uma pequena fração de aumento na intenção de votos".
Sobre declarações de assessores de Bolsonaro, que falam da possibilidade de o ex-capitão vencer no primeiro turno, Ciro Gomes disse que, na avaliação dele, "não há a menor chance": "Em uma, duas semanas ele estará bem, e o debate volta ao seu leito normal", disse.
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