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Economia e Negócios

Copom corta taxa básica de juros de 5% para 4,5% ao ano

Após o quarto corte consecutivo, Selic atingiu um novo piso da série histórica, iniciada em junho de 1996.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, nesta quarta-feira, 11, reduzir a Selic, a taxa básica de juros, de 5% para 4,50% ao ano. Foi o quarto corte consecutivo da taxa, o que deixou a Selic em um novo piso da série histórica, iniciada em junho de 1996.

O atual ciclo de redução dos juros começou em julho deste ano. Com a economia ainda em recuperação e a inflação sob controle, a expectativa da maioria do mercado financeiro era de que a Selic passasse por um novo corte. De um total de 60 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, 59 esperavam por um corte de 0,50 ponto, para 4,50% ao ano. Apenas uma casa esperava por corte de 0,25 ponto porcentual, para 4,75% ao ano.


O Copom se reúne a cada 45 dias para definir a Selic, buscando o cumprimento da meta de inflação. A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), órgão formado pelo Banco Central e Ministério da Economia.

A meta central de inflação para 2019 é de 4,25% e, como o sistema prevê margem de tolerância, será considerada formalmente cumprida se ficar entre 2,75% e 5,75%. Para 2020, a o objetivo central de inflação é de 4% (tolerância entre 2,5% e 5,5%).

Quando a inflação está alta ou indica que ficará acima da meta, o Copom eleva a Selic. Dessa forma, os juros cobrados pelos bancos tendem a subir, encarecendo o crédito e freando o consumo, assim, reduzindo o dinheiro em circulação na economia. Com isso, a inflação tende a cair.

Ranking do juro real

Com a Selic no menor patamar da história, o Brasil deixa de figurar, pela primeira vez, entre os dez países com as maiores taxas de juros reais (descontada a inflação) do mundo. Levantamento do site MoneYou e da Infinity Asset mostra que o juro real do Brasil, de 0,64%, é agora o 11º maior entre as 40 economias mais relevantes do planeta.

No topo do ranking estão o México (3,23%), a Turquia (2,85%) e a Índia (2,54%). A Argentina, que vinha figurando no topo do ranking, caiu para a 37ª posição, com taxa real negativa de 1,95%, após os cortes de juros mais recentes, em meio à corrida eleitoral no país.

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