Após despencar 3,28% em maio (dado já revisado), a economia brasileira registrou forte alta em junho de 2018, em um movimento de recuperação após a greve dos caminhoneiros. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 3,29% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, informou a instituição nesta quarta-feira, 15.
O índice de atividade calculado pelo BC passou de 133,44 pontos para 137,83 pontos na série dessazonalizada de maio para junho. Este é o maior patamar para o IBC-Br com ajuste apenas desde abril (137,97 pontos). A atividade em maio havia sido bastante prejudicada pela paralisação dos caminhoneiros em todo o Brasil, verificada nas últimas semanas do mês. Em junho, o movimento arrefeceu e a atividade voltou a acelerar.
No segundo trimestre, o indicador registrou baixa de 0,99%, na comparação com o trimestre anterior (janeiro a março), pela série ajustada. Já no primeiro semestre, houve alta de 0,89%. O porcentual diz respeito à série sem ajustes sazonais. Pela mesma série, o IBC-Br apresenta alta de 1,30% nos 12 meses encerrados em junho.
Considerado uma espécie de "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.
Na comparação entre os meses de junho de 2018 e junho de 2017, houve alta de 1,82% na série sem ajustes sazonais. Esta série encerrou com o IBC-Br em 137,95 pontos em junho, ante 135,49 pontos de junho do ano passado.
O indicador de junho de 2018 ante o mesmo mês de 2017 mostrou desempenho levemente acima do apontado pela mediana (+1,80%) das previsões de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast (+0,90% a +3,10% de intervalo). O patamar de 137,95 pontos é o melhor para meses de maio desde 2015 (139,08 pontos).
A previsão atual do BC para a atividade doméstica em 2018 é de avanço de 1,6%. O porcentual, informado pelo BC no fim de junho, é o mesmo considerado pelo Ministério da Fazenda.
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