O comércio por atacado se destaca como o segmento mais bem remunerado no Piauí, com uma média salarial de 1,6 salário mínimo. Esse valor é 23% superior à média geral do setor comercial no estado, que é de 1,3 salário mínimo. Em comparação com os outros segmentos, o comércio de veículos, peças e motocicletas tem uma média salarial de 1,5 salário mínimo, enquanto o varejo apresenta a mesma média de 1,3 salário mínimo. Esses dados são da Pesquisa Anual de Comércio (PAC) do IBGE.

Ao longo da última década, a média salarial do comércio piauiense se manteve estável em 1,3 salário mínimo. No entanto, houve variações significativas entre os segmentos. O comércio de veículos, peças e motocicletas registrou uma queda de 21% na remuneração, reduzindo de 1,9 para 1,5 salário mínimo. Em contraste, o comércio por atacado viu um aumento de 1,5 para 1,6 salário mínimo, e o varejo também teve um incremento, passando de 1,2 para 1,3 salário mínimo.

No Brasil, a remuneração média no setor comercial é de 2 salários mínimos, representando um acréscimo de 54% em relação ao Piauí. O comércio por atacado é o mais lucrativo no país, com uma média de 2,9 salários mínimos, seguido pelo comércio de veículos, peças e motocicletas com 2,3 salários mínimos, e o varejo com 1,7 salário mínimo.

Apesar da redução no número de unidades comerciais no Piauí, que caiu de 22.654 em 2013 para 21.137 em 2022, a quantidade de trabalhadores no setor manteve-se praticamente estável. Em 2013, havia 101.119 pessoas empregadas, enquanto em 2022, o número foi de 101.106, uma redução mínima de 0,001%.

Em 2022, a distribuição da força de trabalho no comércio piauiense era a seguinte: 74,23% estavam no varejo, 15% no comércio atacadista, e 10,77% no setor de veículos, peças e motocicletas. Apesar da leve queda no número total de unidades comerciais, o setor manteve sua força de trabalho quase inalterada.