O setor cervejeiro brasileiro registrou um aumento de 6,8% no número de estabelecimentos produtores em 2023, alcançando 1.847 cervejarias. Este crescimento representa 118 novas cervejarias em comparação ao ano anterior, segundo o Anuário da Cerveja do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

São Paulo lidera o ranking com 410 estabelecimentos, seguido por Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná. A região Sudeste concentra o maior número de produtores, com 856 cervejarias registradas.

A expansão do mercado cervejeiro reflete-se também na distribuição geográfica das cervejarias, com 771 municípios brasileiros abrigando pelo menos uma cervejaria, um aumento de 6,8% em relação a 2022. O Rio Grande do Sul destaca-se por ter a maior densidade de cervejarias, com um estabelecimento para cada 32.486 habitantes, ultrapassando Santa Catarina e alcançando a primeira posição em 2023.

Foto: Marcelo Cardoso/GP1
Degustação de cerveja

Além do crescimento no número de estabelecimentos, o anuário revela um aumento de 6,6% no número de produtos registrados, totalizando 45.648 cervejas. Em média, cada estabelecimento brasileiro possui 24,7 registros de produtos. A produção nacional de cerveja, pela primeira vez documentada no anuário, atingiu 15,36 bilhões de litros, com a região Sudeste responsável por 53,4% desse total.

No comércio exterior, a importação de cerveja no Brasil continuou a cair em 2023, com uma redução de 51,1% em volume e 39,4% em valor, totalizando 7.130.686 litros importados. A Alemanha superou a Bélgica como a principal origem da cerveja importada pelo Brasil. As exportações, por outro lado, aumentaram 18,6% em volume, alcançando um recorde de 231.977.494 litros e um superávit comercial de US$ 147 milhões.

Por fim, o setor de bebidas alcoólicas viu uma redução de 0,51% no número de empregos gerados em 2023, com o segmento de cerveja apresentando uma queda de 1,9% em postos de trabalho, apesar de manter mais de 40 mil empregos diretos.