O Governo Lula quitou, em fevereiro de 2023, os empréstimos feitos pelo Brasil para a construção da Usina de Itaipu, mas ao invés da redução da despesa chegar aos consumidores, que faria a conta de energia cair em 30%, os recursos da hidrelétrica serão destinados para obras e projetos que incluem construção de pontes, estradas e o financiamento de uma universidade.

Isso é decorrente de acordo realizado entre Brasil e Paraguai, que define as condições de comercialização para Itaipu, em que foi decidido o aumento nas tarifas para US$ 19,28/Kw mês, em que o Brasil irá assumir US$ 900 milhões para compensar o reajuste que teve o valor menor do que o pedido pelos paraguaios. Por conta disso, a economia com o fim da dívida não chegará ao bolso dos brasileiros.

Conforme o presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia Elétrica, Luiz Eduardo Barata, também ex-diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS), após 50 anos pagando as prestações do empréstimo, o Governo Federal irá economizar R$ 6 bilhões entre 2024 e 2026, ou seja, R$ 2 bilhões por ano.

Entretanto, esse dinheiro que seria economizado, será direcionado para outro gasto. “Não é função do consumidor de energia brasileiro bancar gastos socioambientais. A nossa proposta, que foi encaminhada ao Ministério de Minas e Energia, era ter essa economia de R$ 2 bilhões por ano até 2026, barateando a conta de luz. Mas essa ideia parece que nem foi aventada”, afirmou Luiz Eduardo Barata

Um dos usos para o recurso envolve inclusive o financiamento da conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP-20, realizada em Belém do Pará.

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