A Argentina viu uma queda significativa no seu risco país, que passou de 1.888 pontos em janeiro para 1.143 em abril, uma redução de quase 40%. A avaliação foi realizada pela empresa de serviços financeiros J.P. Morgan e divulgada pelo portal Infobae.
O risco país é um indicador que reflete o grau de confiança do mercado na economia de um país e na sua capacidade de cumprir os seus compromissos financeiros. Este indicador é influenciado por fatores políticos, sociais e fiscais. Quando o risco país é baixo, há uma tendência para atrair mais capital estrangeiro, pois os investidores se sentem mais confiantes para investir nos títulos do país.
A consultoria Quantum analisou essa mudança no cenário econômico argentino, que exigiu uma análise do setor financeiro global. Segundo a Quantum, um dos fatores que contribuíram para a queda do risco país foi o aumento da taxa livre de risco do título dos Estados Unidos, que passou de 3,8% para 4,6% ao ano.
Essa queda no risco país ocorreu durante os primeiros quatro meses do governo de Javier Milei. Sob a gestão de Milei, houve um aumento da confiança na capacidade da Argentina de honrar seus compromissos, o que tende a atrair mais investimento estrangeiro.
Quando Milei assumiu a Casa Rosada, anunciou uma série de medidas de gestão, incluindo o corte de subsídios e a redução da máquina pública. O primeiro resultado fiscal do seu governo mostrou um superávit de US$ 620 milhões, algo que não acontecia desde agosto de 2012.