O déficit primário do primeiro ano de mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no setor público consolidado, composto pela União, Estados, Municípios e empresas estatais, foi de R$249,1 bilhões em 2023. A informação foi divulgada pelo Banco Central na manhã desta quarta-feira (07).
De acordo com um relatório, o banco demonstrou como o déficit primário durante o ano passado alcançou 2,29% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o BC, esse foi o segundo pior déficit primário desde o início da série do banco, em 2002.
O resultado do saldo primário é calculado pela diferença entre as receitas e despesas, excluindo o pagamento de juros relacionados à dívida pública.
Em 2020, no primeiro ano da pandemia do coronavírus, foi registrado um rombo de R$ 703 bilhões nas dívidas públicas; no entanto, aquele ano foi considerado atípico para a contabilidade pública, devido à contração do PIB provocada pelas restrições no mercado.
Em 2022, houve um superávit nas contas públicas, período em que o setor público registrou um saldo positivo de R$ 126 bilhões. Já em 2021, o resultado positivo foi de R$ 64,7 bilhões.
O governo central registrou um déficit de R$ 254,5 bilhões, o que contribuiu para a piora das contas públicas em 2023, segundo o Banco Central. Esse número corresponde a uma diferença de R$ 319,5 bilhões em relação aos números de 2022, quando houve um superávit de R$ 54,9 bilhões.
Divida publica voltou a subir em 2023
Além do déficit, a dívida bruta também aumentou em 2023. O ano foi encerrado com um percentual de 74,3% do Produto Interno Bruto (PIB), um aumento de 2,7 pontos percentuais em relação ao registrado no ano anterior. Ou seja, a dívida pública alcançou R$ 8,1 trilhões.