O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve ter um crescimento de 3,4% em 2024, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A nova projeção, divulgada no Informe Conjuntural do 3º Trimestre, mostra uma revisão significativa em relação à estimativa anterior de 2,4%. O desempenho da economia no primeiro semestre de 2024, que superou as expectativas, foi o principal motivo para essa revisão.

De acordo com a Superintendência de Economia da CNI, o cenário positivo registrado na primeira metade do ano reflete fatores como o aquecimento do mercado de trabalho, aumento do consumo das famílias e maior oferta de crédito. Além disso, o segundo semestre de 2024 deve ter um crescimento comparado a um período mais fraco em 2023, o que também contribui para essa previsão otimista.

O mercado de trabalho em 2024 também reforça esse panorama. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que a força de trabalho e a população ocupada atingiram níveis recordes desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012. A força de trabalho cresceu 1,7%, totalizando mais de 109 milhões de pessoas, enquanto o número de cidadãos empregados subiu 3%, alcançando 101,8 milhões de trabalhadores.

A taxa de desocupação registrou queda para 6,9%, o menor nível desde 2014, o que demonstra um avanço significativo no emprego. O emprego formal também mostrou crescimento, com um aumento de 4% em relação ao segundo trimestre de 2023, segundo a PNAD Contínua. O Novo Caged contabilizou a criação de 1,7 milhão de novas vagas de trabalho com carteira assinada.

Apesar de uma possível menor intensidade desses fatores no final de 2024, a CNI acredita que o aquecimento do mercado de trabalho, o aumento da massa salarial e os gastos governamentais continuarão impulsionando a economia no segundo semestre.