O Produto Interno Bruto (PIB) está previsto para aumentar 1,59% este ano, segundo o boletim Focus do Banco Central , divulgado nesta segunda-feira (08). A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve se manter em 3,9% para 2024, enquanto a taxa básica de juros, a Selic, deve encerrar o ano em 9%.

O PIB, que é a soma dos bens e serviços produzidos no país, está projetado para crescer 2% em 2025 e 2026. A economia brasileira superou as projeções no terceiro trimestre do ano passado, crescendo 0,1% em comparação com o segundo trimestre de 2023, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, a alta acumulada foi de 3,2%, colocando o PIB no maior patamar da série histórica, 7,2% acima do nível pré-pandemia.

A cotação do dólar está prevista para R$ 5 no final deste ano e deve permanecer neste patamar até o final de 2025. A inflação oficial do país para 2024 se manteve em 3,9%, com a projeção também permanecendo em 3,5% para 2025 e 2026. A meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3% para este ano, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Em novembro de 2023, o aumento dos preços dos alimentos pressionou o resultado da inflação. O IPCA ficou em 0,28%, segundo o IBGE, maior que a taxa de setembro, que teve alta de 0,24%. A inflação acumulada em 2023 atingiu 4,04% e nos últimos 12 meses, o índice consolidado está em 4,68%.

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 11,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre de 2023, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano. Isso levou o BC a cortar os juros quatro vezes no semestre passado, em todas as reuniões do Copom. A primeira reunião do Copom neste ano ocorre em 30 e 31 de janeiro e os analistas esperam que a Selic seja reduzida a 11,25%. Para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,5% ao ano, nos dois anos.