A China reduziu seus investimentos na América Latina, mas se concentrou em setores estratégicos como tecnologia e energia renovável, segundo um relatório do Diálogo Interamericano. O documento aponta que o país asiático está desafiando os Estados Unidos e a Europa em áreas econômicas relevantes para o século 21.
O relatório, divulgado na segunda-feira (22), mostra que o investimento direto estrangeiro (IDE) da China na região caiu de uma média de US$ 14,2 bilhões por ano entre 2010 e 2019 para US$ 6,4 bilhões em 2022, último ano completo para o qual os dados estavam disponíveis.
A queda não refletiu falta de interesse, mas sim uma mudança de foco para áreas de alta tecnologia e estratégicas, como minerais críticos, telecomunicações, biotecnologia e energia solar e eólica. Segundo o relatório, a China está buscando garantir o acesso a recursos essenciais para o seu desenvolvimento e aumentar a sua influência geopolítica na América Latina e no Caribe.
O país asiático também está competindo com os Estados Unidos e a Europa em campos como inteligência artificial, computação quântica e veículos elétricos, que são considerados cruciais para o futuro da economia global.