O vice-prefeito de Teresina, Robert Rios, afirmou em entrevista ao GP1, no início da tarde desta segunda-feira (22) que a Prefeitura de Teresina vai seguir o decreto do Governo do Estado, que determinou lockdown no Piauí do dia 24 de fevereiro ao dia 07 de março de 2021.
De acordo com Robert Rios, a posição do governador Wellington Dias já foi apoiada pelo Poder Judiciário, quando decidiu que a determinação o decreto estadual é mais abrangente que o municipal.
“O decreto é governamental, atinge todo o Piauí e atinge Teresina, pois Teresina faz parte do Piauí. No mês passado o Governo baixou um decreto, o prefeito fez outro mais brando e a Justiça reconheceu que o decreto mais forte, mais duro vale mais. Então a posição do governador já está sustentada e apoiada pelo judiciário. Só compete à prefeitura ajudar onde for possível ajudar. Queremos que seja o mais breve possível, que cause menos dano possível ao comércio”, disse Robert.
Robert Rios alertou que a situação do Estado frente à covid-19 é preocupante. Ele ponderou que embora a Prefeitura de Teresina e o Governo do Estado tenham condições de criar novos leitos de UTI Covid-19, não há profissionais na mesma proporção para cuidar dos pacientes em situações mais graves.
“A situação é dramática. A nossa preocupação é que nem essas medidas restritivas possam resolver. Nós temos dinheiro e não conseguimos comprar remédio, porque não tem mais remédio. A quantidade de pessoas doentes no Brasil é superior à capacidade dos laboratórios em produzir remédios, como antibióticos e corticoides. Nós temos como montar mais UTIs, mas não temos profissionais de UTIs. Nós estamos colocando doentes nas UPAs da periferia, porque não tem mais leitos. Não tem nem mais leitos no hospital particular, você pode ter o dinheiro do mundo se você contrair covid-19 o hospital privado não lhe recebe”, lamentou.
Lockdown
O governador Wellington Dias assinou decreto, nesta segunda-feira (22), determinando novo lockdown no estado do Piauí. Serão suspensas as atividades econômicas presenciais não essenciais, no período de 24 de fevereiro a 07 de março de 2021, como medida excepcional voltada para o enfrentamento da grave crise de saúde pública decorrente da covid-19.
Com o decreto, é vedado o funcionamento de shoppings centers, lojas do centro, escolas e igrejas. Bares e restaurantes só poderão funcionar da forma delivery durante estes doze dias. Já as academias poderão funcionar, pois as atividades físicas foram incluídas como essenciais.
O governador explicou que as medidas visam cortar a transmissibilidade do vírus. "Com o apoio do comitê aprovamos fazer modificação no decreto com medidas mais ampliadas, onde o objetivo é garantir que tenhamos mais restrições. Estamos colocando restrições em vários setores para evitar a circulação do coronavírus, cortar a transmissibilidade", afirmou.
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