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Ciência e Tecnologia

Piauiense está entre os finalistas do Prêmio Nobel da Ciência Jovem

Para vencer a premiação, Manoel Nunes, criador do Rover Aquático Autônomo, precisa do voto popular.

Diversas preocupações costumam passar na cabeça de um adolescente de 17 anos prestes a fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No caso do piauiense Manoel Nunes, que está no último ano da escola, uma preocupação se tornou o ponto de partida para desenvolver um projeto inovador, o Rover Aquático Autônomo, criado com o objetivo de coletar dados sobre a qualidade da água em diferentes ambientes aquáticos.

A criação fez com que o jovem vencesse feiras nacionais e hoje está representando o Brasil no Prêmio Nobel da Ciência Jovem. Manoel Nunes foi escolhido entre diversos brasileiros para representar o país na feira sueca e precisa do voto popular para vencer a etapa.

Para votar no piauiense, basta acessar este link. Após entrar no site, clique na opção “Aquatic Rover: An Autonomous Vehicle for Water Quality: A Low-cost Portable Tool”. Depois disso, selecione a opção “vote for this project”, e em seguida cadastre seu e-mail. O prazo para votação encerra no dia 15.

Foto: Arquivo PessoalManoel Nunes, criador do rover aquático que avalia a qualidade da água
Manoel Nunes, criador do rover aquático que avalia a qualidade da água

Criação do Rover Aquático

Natural de Teresina, Manoel contou ao GP1 que a ideia nasceu a partir de um “sermão” da mãe, que fez com que ele abrisse os olhos e enxergasse a vida de pessoas fora da sua realidade. “Ela vivia brigando que eu não lia artigo, jornal, reportagem, aí quando eu comecei a ver, eu vi que as populações ribeirinhas sofrem muito com contaminações por lixo, esgoto, por metais pesados, e isso prevalecia muito nas tribos Yanomami. Aí eu pensei ‘nossa, o mundo tem um carro que anda sozinho e porque não tem uma ferramenta que auxilia essas pessoas?’ Porque a gente está falando de um recurso hídrico, da água. Uma coisa que o ser humano ele não vive sem”, contou o jovem.


Foto: Arquivo PessoalManoel Nunes trabalha no rover
Manoel Nunes trabalha no rover

Contanto apenas com o incentivo ode amigos e da família, o adolescente arregaçou as mangas e mergulhou nos estudos de como é feita o monitoramento da qualidade da água, e esse foi o ponto de partida da execução do seu projeto. “Eu sempre fui um amante da tecnologia, da robótica, desde criança sempre peguei peça velha, brinquedo meu, para tirar todas as peças e entender como aquilo funcionava. Com esses conhecimentos eu criei o Rover Aquático Autônomo”, detalhou Manoel Nunes.

Versátil e fácil de operar

Conforme o estudante, o projeto está avaliado em R$ 2 mil, com sensores que avaliam a qualidade da água, e é fácil de operar. “Ele [rover] tem esse caráter de versatilidade, e também utiliza algumas peças de materiais recicláveis, como as baterias de lítio. Porque o lítio é um composto que prejudica o meio ambiente, então eu reciclei de computadores antigos”, explicou o piauiense.

Foto: Arquivo PessoalTeste do rover aquático
Teste do rover aquático

Após diversos testes bem sucedidos, a criação rendeu medalhas de ouro para o piauiense, como na Feira Mineira de Iniciação Científica (FEMIC), no Foro Internacional de Ciências de Porto Rico (FICEP), o que também rendeu sua classificação para a final da premiação Stockholm Junior Water Prize, mais conhecido como Prêmio Nobel da Ciência Jovem. Ele é o primeiro representante nordestino que vai para a Suécia representar o Brasil.

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