Homem mais rico do mundo, o empresário Elon Musk perdeu cerca de US$ 74,5 bilhões desde 13 de abril, quando o bilionário anunciou a aquisição do Twitter, segundo a revista Forbes. O negócio deve sair por cerca de US$ 44 bilhões, se for concluído.
Parte do encolhimento do patrimônio, de aproximadadmente US$ 218 bilhões, vem de dívidas e empréstimos tomados por Musk para financiar a aquisição do Twitter, a ser finalizada até o fim deste ano.
Outro fator é o mau desempenho da Tesla no mercado de ações, onde investidores têm se assustado com o negócio do Twitter: para muitos, o novo negócio pode prejudicar os planos futuros da montadora de carros elétricos, hoje comandada por Musk.
Somente na última quarta-feira, 18, o bilionário perdeu US$ 12,4 bilhões.
Tombo da Tesla
O tombo da Tesla se dá porque a montadora foi retirada de um índice com as melhores empresas de ESG, sigla que aponta para a preocupação de companhias com questões climáticas, sociais e de governança. Segundo a S&P, organizadora da lista, são três os motivos: falta de uma estratégia de baixo carbono, incidentes de discriminação racial e más condições de trabalho na fábrica de Fremont e as mortes e acidentes envolvendo a função de autopiloto dos veículos.
Musk foi ao Twitter debochar da lista, apontando que a petroleira Exxon está nas três primeiras posições — e não a Tesla.
Segundo o analista Dan Ives, da consultoria WedBush, o ESG não é o único problema que assusta os investidores. A novela da aquisição do Twitter tem espantado o mercado financeiro, que acredita que Musk pode se distanciar a montadora para priorizar a rede social.
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