Um estudo, liderado por Alex Perkin, da Universidade Notre Dame, nos Estados Unidos, em parceria com cientistas da Universidade de Southampton, publicado nesta segunda-feira (25), na revista científica Natrure Microbiology aponta que cerca de 93 milhões de pessoas na América Latina e no Caribe podem ser infectadas pelo Zika Vírus até o fim da epidemia, dentro de dois anos.
Cerca de 1,6 milhão de mulheres férteis estão inclusas nessa projeção. Segundo Perkins, esses números representam o pior cenário possível. “Por um simples fator aleatório, e porque alguns lugares são relativamente isolados e esparsamente povoados, o vírus não vai chegar a todos os cantos do continente”, disse.
- Foto: DivulgaçãoMosquito Aedes Aegypti
Para se obter a estimativa, foram somadas mulheres de projeções localizadas sobre o número de pessoas que podem ser infectadas em quadrantes de cinco em cinco quilômetros em todo o continente. De acordo com a pesquisa, o total de 1,65 milhão de mulheres é o limite máximo para infecção nesta primeira onda de zika.
A pesquisa sugere ainda que dezenas de milhares de gestações podem ser afetadas. “É difícil prever com precisão quantas mulheres férteis podem estar submetidas ao risco de infecção por zika, porque uma grande proporção dos casos não apresenta sintomas. Isso invalida os métodos que se baseiam apenas em dados sobre os casos e gera um imenso desafio para os cientistas que tentam entender essa doença”, disse o geógrafo Andrew Tatem.
De acordo com o Estadão, na nova pesquisa, os cientistas construíram a previsão baseada na soma das projeções locais de alastramento da zika, levando em conta padrões da doença apresentados em epidemias semelhantes.
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