Nessa quinta-feira (27), o Partido dos Trabalhadores protocolou dois pedidos de investigação contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), devido ao fato de o parlamentar ter articulado, nos Estados Unidos, medidas contra Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e, assim, ter cometido crimes e afrontado o Estado Democrático de Direito. Eduardo teria viajado três vezes aos EUA desde a posse de Donald Trump, em janeiro deste ano, a fim de articular com congressistas republicanos a aprovação de um projeto de lei que impediria Moraes de entrar no país.
A primeira representação acusa o parlamentar de quebra de decoro e pede a cassação de seu mandato, ressaltando ainda que as ações do deputado no exterior atentam contra a soberania nacional e violam o Código de Ética da Câmara. O pedido foi encaminhado pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
A segunda representação foi apresentada pelo deputado Lindbergh Farias (PT) à Procuradoria-Geral da República (PGR), sob as mesmas acusações de Gleisi Hoffmann, sendo solicitado que a PGR investigue criminalmente Eduardo Bolsonaro e avalie a necessidade de apreensão de seu passaporte a fim de evitar novas viagens aos EUA.
Lindbergh argumenta que as articulações de Eduardo junto a parlamentares republicanos, especialmente o deputado Richard McCormick, da Geórgia, têm como objetivo afetar os inquéritos conduzidos pelo STF a respeito dos atos de 8 de janeiro de 2023, que investigam o ex-presidente Jair Bolsonaro. Destaca-se ainda que, nas reuniões, o deputado estava acompanhado pelo jornalista Paulo Figueiredo, que havia sido denunciado pela própria PGR por suposta participação nos supostos ataques à democracia.
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