A gravação da delação premiada do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, mostrou a reação dele no momento em que tem a prisão preventiva decretada. Assim que toma conhecimento de que voltaria para a prisão, o militar leva as mãos à cabeça, e depois abaixa o rosto.
Esse gesto ocorreu após o juiz Airton Vieira anunciar a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à prisão do ex-ajudante. “O senhor ministro relator Alexandre de Moraes decidiu e decretou a prisão preventiva do senhor Mauro Cesar Barbosa Cid”, diz o magistrado.
Depois da leitura da decisão, Mauro Cid chegou a desmaiar, o que não é mostrado nas imagens da delação. Após a sessão, ele foi encaminhado para o Batalhão de Polícia do Exército, onde permaneceu preso.
Os vídeos da delação premiada foram divulgados nessa quinta-feira (20), por determinação do ministro Alexandre de Moraes.
Ordem de prisão
Moraes determinou a prisão de Mauro Cid após ele falar sobre áudios vazados pela revista Veja, em que criticava a Polícia Federal (PF) e o ministro do STF. Na audiência, o ex-ajudante de Bolsonaro recuou e atestou que a delação premiada foi voluntária, e que os áudios eram um “desabafo” a um amigo.
“Esse troço psicológico ali, estou enclausurado, não indo a lugar nenhum, porque todo lugar que vou, a imprensa vai atrás. Então, você fica agoniado. Não estou trabalhando, não tenho para quem explodir. Engordei mais de 10 quilos, vou ter de voltar a correr. Então, é isso, foi um grande desabafo”, declarou.
Mesmo assim, teve a prisão decretada pelo magistrado, que considerou que o tenente-coronel descumpriu medidas cautelares. Ele esteve preso entre maio e setembro de 2023, e foi solto após o acordo de delação, sendo preso novamente em março de 2024 até maio do mesmo ano.
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