Mesmo com uma queda nos gastos em 2024, dados do Tesouro Nacional apontam que as contas públicas continuam deficitárias e a dívida bruta do Brasil aumentou, causando dúvidas nos investidores quanto à política fiscal do Governo Lula.
O cenário econômico se caracteriza pela perda de apoio popular do presidente Lula, pela desaceleração do PIB e pela proximidade das eleições de 2026. Além disso, os juros elevados do Banco Central reduzem a capacidade da equipe econômica de implementar soluções.
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Especialistas apontam que as medidas de contenção de gastos aprovadas no ano passado não foram suficientes para restaurar o equilíbrio das contas públicas, o que gera preocupações no mercado. A situação fiscal se agrava com os compromissos financeiros assumidos para os próximos anos, levando investidores a questionarem a viabilidade da atual política econômica.
Segundo Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, o principal desafio não está apenas no presente, mas também no futuro. Atualmente, cerca de 95% do Orçamento está destinado a despesas obrigatórias, que seguem em alta, enquanto a arrecadação tende a diminuir em um cenário de desaceleração econômica. “Esse aumento vai ser constante, enquanto a arrecadação tende a desacelerar, com a economia mais fraca”, disse ao jornal O Estado de S.Paulo.
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