Saiba quem é a influencer brasileira condenada por tráfico humano nos EUA

A influenciadora e falsa guru espiritual Katiuscia Torres Soares, de 34 anos, que se apresenta como Kat Torres, foi condenada a 8 anos de prisão por tráfico humano e condições análogas à escravidão. A mulher é natural do Pará e já trabalhou como atriz e modelo no exterior, ganhando milhões de seguidores com memes na internet.

De acordo com a BBC, ao condenar Kat, o juiz avaliou que a influenciadora atraiu Desirrê Freitas, de 28 anos, para os Estados Unidos com o objetivo de cometer exploração sexual contra a vítima. Além disso, a falsa guru é alvo de uma outra investigação, baseada em denúncias de outras mulheres.

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Segundo a denúncia, a vítima era obrigada a dançar em um clube de striptease, por mais de 13 horas, sem descanso semanal. Além disso, a foto da jovem também foi anunciada em um site de prostituição de Austin e San Antonio, no Texas. Todo o lucro seria entregue à líder religiosa.

O caso de Kat Torres repercutiu em 2022, quando ela encorajou meninas brasileiras a se juntarem a ela nos Estados Unidos. Após chegarem ao local e não mandarem notícias para os familiares no Brasil, os pais das garotas as reportavam como desaparecidas, criando campanhas na internet para encontrar as vítimas.

Kat Torres foi presa em outubro de 2023, ao desembarcar de um avião vindo dos EUA com outros brasileiros, todos deportados por estarem irregulares nos EUA. Ela teve sua prisão convertida em preventiva e foi levada para um presídio em Bangu no Rio de Janeiro.

Quem é Kat Torres?

Nascida no Belém e de origem simples, Kat Torres compartilhava imagens da juventude no Pará, por meio das redes sociais.

A influenciadora já trabalhou como modelo e atriz. Em 2017, ela lançou o livro de autoajuda “A Voz – Uma História de Superação, Crescimento Espiritual e Felicidade”, e passou a oferecer “tratamentos espirituais” que chegavam a custar R$ 700.

Segundo o jornal Zero Hora ela criou um curso, prometendo a evolução espiritual, sucesso no amor e nas economias. Ainda conforme o jornal, as aulas serviam de isca para atrair possíveis vítimas para o golpe.