O ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), foi um dos alvos da Operação Vigilância Aproximada, deflagrada nesta quinta-feira (25), pela Polícia Federal (PF). Na ocasião, agentes cumpriram mandado de busca e apreensão no gabinete do parlamentar, na Câmera Federal, e no apartamento funcional, em Brasília.
A Operação da Polícia Federal visa investigar suposto monitoramento ilegal feito pela Abin durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na ação, os policiais chegaram a passar mais de duas horas no gabinete do deputado federal, e saíram do local com um malote. Ao todo, são 21 mandados de busca e apreensão cumpridos pelos agentes nesta quinta-feira (25).
Diante do avanço das diligências, três servidores da Abin e sete policiais federais também se são investigados pela PF. Além dos mandados de busca e apreensão, os alvos da operação também tiveram medidas cautelares aplicadas. Os policiais federais, por exemplo, tiveram a suspensão imediata do exercício das funções públicas.
Monitoramento
O então delegado da PF, Alexandre Ramagem, exerceu mandato na direção-geral da Abin de 2019 a 2022. Nesse mesmo período, a agência foi acusada de instaurar um projeto secreto chamado “First Mile”, e seria usado para monitorar políticos, jornalistas, advogados e adversários de Bolsonaro.
Em depoimento anterior, o ex-diretor-geral da Abin negou qualquer irregularidade sob sua gestão, ou seja, não possuía conhecimento dessas ações.
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