Pedro Oliveira
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, proibiu nessa sexta-feira (25), que Mauro Cid tenha qualquer tipo de contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro, com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e com outros investigados. Cid é ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e está preso por suspeita de fraude em certificados de vacinação.
O ministro afirmou que a medida é necessária para continuação da investigação. “A incomunicabilidade entre os investigados alvos das medidas é absolutamente necessária à conveniência da instrução criminal, pois existem diversos fatos cujos esclarecimentos dependem da finalização das medidas investigativas, notadamente no que diz respeito à análise do material apreendido e realização da oitiva de todos os agentes envolvidos”, disse Alexandre de Moraes.
Segundo a decisão do ministro do STF, Mauro Cid também está proibido de se comunicar com a esposa, Gabriela Cid e com outros alvos da investigação, como Marcelo Câmara, Max Guilherme, capitão Sérgio Cordeiro (três ex-assessores de Bolsonaro) e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ). Max Guilherme e o capitão Cordeiro estão presos desde maio.
A decisão foi tomada após análise dos dados armazenados no celular de Mauro Cid, que sugeriam indícios de "desvio de bens de alto valor patrimonial" entregues a Bolsonaro por autoridades estrangeiras.
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