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Justiça manda remover vídeos de André Valadão do YouTube e Instagram

O pastor foi acusado de discriminação contra a comunidade LGBTQIA+ e negou as acusações.

O Ministério Público Federal (MPF) determinou na última segunda-feira (10) que os vídeos do pastor André Valadão, com suposta “violência ou discriminação” contra a população LGBTQIAP+, sejam retirados das plataformas YouTube e Instagram. Segundo o MPF, o líder religioso discriminou a comunidade durante um culto transmitido no início deste mês.

Ao todo, nove vídeos devem ser retirados do ar, entre eles, o culto “Deus odeia o orgulho”, que viralizou nas redes sociais. Caso não cumpra a decisão, o pastor deverá pagar multa diária de R$ 1 mil. O processo prevê que as plataformas têm até a data deste sábado (15) para remover os conteúdos. Alguns deles estão publicados em perfis da Igreja Batista da Lagoinha e no perfil do líder religioso, além de outros veículos.


Foto: Reprodução/ InstragramAndré Valadão durante culto nos EUA
André Valadão durante culto nos EUA

A decisão foi tomada pelo juiz federal José Carlos Machado, que afirmou que o pastor “tem influência sobre um número significativo de fiéis e seguidores" e que "excedeu os limites da liberdade de expressão e de crença”. O magistrado citou pontos da Constituição Federal que dizem que o respeito à liberdade de expressão na internet deve seguir os princípios de respeito aos direitos humanos e à diversidade.

Entenda

André Valadão ministrou um culto em Orlando, nos Estados Unidos, no dia 5 deste mês em que afirmou que Deus repugna qualquer atitude de orgulho. A palavra é bastante utilizada pela comunidade LGBTQIAP+ e no banner de divulgação da cerimônia ele representa a palavra com as cores associadas ao movimento gay.

O pastor negou as acusações, por meio das redes socias, na última segunda-feira (10). Ele afirmou que as falas foram tiradas de contexto e isso tem causado diversos danos para ele e toda sua família. Ele complementou também que “o nível da deturpação, ataque e cancelamento tem sido indizível”, se referindo aos ataques que tem recebido em decorrência do vídeo.

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