A Secretária de Segurança Pública do Ceará abriu investigação contra um instrutor de um curso tático da Polícia Militar, que é acusado de agredir policiais mulheres durante o treinamento para PMs dos estados de Pernambuco, Maranhão, Paraná, Rio Grande do Norte e Piauí.
O curso, ministrado por policiais militares de Tocantins, teve uma duração de quatro semanas e abrangeu temas como defesa pessoal, salvamento e técnicas operacionais policiais, entre outros procedimentos. As agressões vieram à tona após a divulgação de imagens das nádegas de uma vítima com hematomas.
A policial agredida relatou em seu depoimento que a agressão ocorreu no oitavo dia de aula, logo após o desaparecimento de uma pizza destinada aos policiais. Ela também mencionou que, mesmo após o ocorrido, o instrutor foi ovacionado pela instituição.
"Sim, sou eu, vítima desse instrutor machista que se diz profissional. Ele é um cabo da polícia militar de Tocantins, que, mesmo após o incidente, está sendo aplaudido pela instituição e por todos que participaram do curso. O treinamento tático feminino deveria ser direcionado exclusivamente para mulheres", relatou a policial.
A Secretária informou que teve conhecimento da denúncia de agressão ainda durante o período de treinamento e, como resultado, abriu uma investigação para apurar o caso e tomar as medidas necessárias. "A Secretaria de Segurança ressalta que foi instaurado um inquérito policial na Delegacia de Defesa da Mulher para investigar o incidente, onde a vítima prestou depoimento e recebeu todo o apoio necessário, além de ter sido encaminhada para a realização de exame de corpo de delito", afirmou o órgão.
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